PUBLICIDADE


 

PEQUENAS ATROCIDADES reúne 25 contos pequenos, à excecção dos dois últimos, que são um pouco maiores. Quase todos foram baseados em sonhos que tive, alguns deles experimentados quando estive passeando pela Suíça e a Espanha.
Alguns dos contos chegaram a incomodar pessoas com quem tive contato no passado, mas era o que eu estava sentindo na época e, afinal, não citei nomes nos mesmos. Não dá para passar uma borracha por cima de coisas que magoaram a gente, dá para perdoar, mas esquecer... E, depois, quem mandou o Sandman, o Mestre dos Sonhos, me enviar sonhos com coisas desagradáveis?
O arquivo original de onde saíram os contos daria um livro de cerca de 200 páginas mas, como eu mesmo banco minhas edições, não tenho condições de lançar um livro com esse número de páginas, portanto, vai em doses homeopáticas. E esta é uma discussão a ser abraçada pelo Conselho de Cultura, que está reunindo segmentos para discutir suas necessidades. A memória da cidade tem de ser preservada, concordo. Stefan Sweig morou aqui, é referência literária, vai atrair turistas europeus, caso a casa onde morou vire realmente um museu.
Mas a memória tem de ficar no lugar da memória, e os escritores atuais, em seu próprio lugar. Eu não posso, o tempo todo quando me apresento como escritor, ter de competir com Stefan Zweig, não é justo. Batalho por meu próprio espaço como escritor petropolitano (e artista plástico), acho que é 'o bom combate'. Espero que a Fundação de Cultura chegue a um denominador comum onde memória e os atuais escritores petropolitanos possam conviver sem conflitos.
E é isso. No que diz respeito aos contos de PEQUENAS ATROCIDADES, há um quê de mistério e trevas, afinal, sou um cara 'dark' por natureza, sem ter procurado por isso, simplesmente aconteceu. Mas o humor também está presente, mesmo que seja humor negro, em alguns dos contos. E um pouco de dadaísmo e experimentalismo, coisas que eu também abraço, seja na literatura, seja nas artes plásticas e nas histórias em quadrinhos que faço.
SERVIÇO:
PEQUENAS ATROCIDADES – SONHADAS, VIVIDAS & IMAGINADAS,
do jornalista Marcio Salerno
Dia: 12 de maio de 2010 (4ª feira)
Horário: 19h30
Local: Livraria Dona Traça
Rua Gonçalves Dias, 435 e 439, Valparaíso (quase em frente ao Bar Olivinho).
O autor estará presente na ocasião, autografando os exemplares.

Post a Comment

Gostou da matéria? Deixe seu comentário ou sugestão.

Postagem Anterior Próxima Postagem

PUBLICIDADE

 


PUBLICIDADE