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A partir de depoimentos concedidos ao diretor Antonio Gilberto e à jornalista Éster Jablonski, Ítalo Rossi relembra fatos importantes da sua carreira que marcaram as artes cênicas brasileiras. O lançamento no Rio de Janeiro acontece dia 19 de janeiro, no Teatro Tom Jobim.
Em 2011, o ator Ítalo Rossi comemora 60 anos dedicados ao teatro. Para comemorar, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo lança uma fotobiografia do artista, pela Coleção Aplauso. Ricamente ilustrado, o volume conta com relatos – em primeira pessoa – do ator desde a sua infância em Botucatu (SP) até o sucesso nos palcos e na tela. “Ítalo Rossi - isto é tudo” foi escrito a partir de depoimentos concedidos ao diretor Antonio Gilberto e à jornalista Éster Jablonski. A obra traz ainda depoimentos de outros artistas, jornalistas e críticos teatrais como Moacyr Góes, Bárbara Heliodora e Artur da Távola. O livro terá lançamento no Rio de Janeiro dia 19 de janeiro (quarta-feira), a partir das 19 horas, no Teatro Tom Jobim (Rua Jardim Botânico, 1008).

A vida de Ítalo se confunde com a história do moderno teatro brasileiro, no início da década de 1950, e com a saga da TV no Brasil. Além do surgimento de uma teledramaturgia considerada, hoje, uma das melhores do mundo. Ítalo passou pelas principais companhias e movimentos teatrais, através dos quais pôde desenvolver seu talento e criar personagens memoráveis que estão no imaginário popular de todos os brasileiros.
Para Antonio Gilberto, a trajetória de Ítalo é motivo de orgulho a toda a classe teatral. “Sabemos o quanto é difícil fazer e sobreviver do nosso trabalho. É um orgulho, não só à classe, mas também ao público por ter um artista de excepcional talento, um homem que dedicou sua vida à arte, e que por meio de seus personagens e todos os trabalhos que realizou proporcionou a diversas gerações o entretenimento, a emoção e a reflexão. Ítalo Rossi, como poucos, nos fez olhar de verdade para o espelho que é o Teatro e nele nos reconhecermos nas suas diversas dimensões”, explica.
Com passagens pelo lendário TBC, Teatro dos Sete (do qual foi fundador e sócio), Teatro de Arena e outros grupos que fazem parte da história do teatro no Brasil, os números que pontuam a carreira de Ítalo impressionam. Em 60 anos de carreira participou de quatro produções amadoras; outras 37 por diversas companhias teatrais; 30 produções independentes; dirigiu 15 espetáculos; atuou em 22 filmes e 450 peças adaptadas para a TV e ainda 34 novelas e seriados.
Ítalo nasceu em 1931, numa família tradicional. Sua mãe se orgulhava de suas origens na alta aristocracia romana, veneziana e florentina. “Minha família jamais admitiria que eu me tornasse ator. Eles gostariam que eu me formasse, eu poderia ser tudo na vida, menos lixeiro, cafetão e ator”, relembra. Mas foi um curso de inglês no SESC que o introduziu ao mundo dos palcos. “Havia ali um curso de teatro. Um dia, em vez de ir à aula de inglês entrei na sala do lado onde na porta estava escrito: TEATRO. Estavam fazendo testes para uma peça de Raimundo Magalhães Jr.: ‘Calcanhar de Aquiles’. Eu me submeti ao teste e, como sempre tive essa voz grave e diferente, fui aprovado. Voltando para casa, decorei todos os papéis da peça, e qual não foi minha surpresa ao ganhar um papel mudo. Fiquei frustrado, mas aceitei a parada. Fui abandonando aos poucos o curso de inglês e comecei a só pensar em teatro”, conta.
Ainda menor de idade e escondido dos pais, passou a assistir a todos os espetáculos em cartaz na cidade, inclusive as matinês dos teatros de revista, proibidas para jovens da sua idade. O início da carreira se deu no Grupo de Teatro Amador de São Paulo em 1951, com a peça “A Corda”, de Patrick Hamilton e dirigida por Evaristo Ribeiro. A imprensa da época apontou Ítalo como a grande revelação do ano por este trabalho. Daí em diante, passou pela Cia Brasileira de Comédia Armando Couto-Lidy Veloso (1952), Teatro de Vanguarda Ruggero Jacobbi (1953), Cia de Comédia Vera Nunes e Carlos Alberto (1953 – 1954), Teatro de Arena (1955), Jograis de São Paulo (1955), TBC (1956 – 1958), Teatro dos Sete (1959 – 1966) e Cia Carioca de Comédia (1965 – 1967).
Na televisão, começou no programa TV de Vanguarda, dirigido por Cassiano Gabus Mendes, na TV Paulista, apresentando a versão adaptada da peça “A Corda” que já havia encenado em 1951.Os dez primeiros anos de atuação na TV foram dedicados ao teleteatro, com passagens pela TV Tupi, TV Rio e Globo, até 1965, quando este modelo embrionário da teledramaturgia brasileira caiu em desuso. “A gente trabalhava com tal intensidade, tal era o calor humano que nos unia, que cumpríamos esse compromisso com prazer”, relembra. Mais recentemente, participou de “Senhora do Destino” (Tv Globo, 2004), “Belíssima” (TV Globo, 2005) e do seriado “Toma lá dá Cá” (TV Globo, 2008).



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