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Escolhido pela Flip para a conferência inaugural de edição que homenageia Carlos Drummond de Andrade, o crítico literário ressaltará cosmopolitismo do poeta mineiro


Um dos críticos mais destacados na literatura brasileira, o escritor e poeta Silviano Santiago fará a conferência de abertura da 10ª edição da Flip, de 4 a 8 de julho, que homenageará Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Santiago destacará o cosmopolitismo do poeta mineiro, que ele conheceu pessoalmente e com quem organizou Carlos e Mário, livro que reúne correspondências trocadas entre Drummond e Mário de Andrade entre 1924 e 1945, lançado pela editora carioca Bem-Te-Vi, em 2002. “Apesar do tino extraordinário para poemas que cairiam no gosto do público, como José, a grande diversificação temática, estilística e de dicções poéticas apresentadas por Drummond explicam por que o poeta nunca cairá no gosto fácil”, diz o crítico. “Essas qualidades também o diferenciam dos demais modernistas. Entre os anos 1920 e 1950, o poeta produziu uma obra dramática e multifacetada, que lhe garantiu um lugar central na história literária brasileira e nos debates sobre a poesia moderna”, acrescenta.
Ele não conheceu a Europa e nem os Estados Unidos, e a Argentina foi o único país estrangeiro que visitou, comenta Santiago. "Mas desde o início ele mostra uma visão de mundo muito ampla que coincide com esse desejo do Brasil hoje de falar menos sobre o umbigo e mais sobre as relações internacionais. Sua atualidade é inegável”, explica.
Também mineiro, Silviano Santiago nasceu na cidade de Formiga, em 29 de setembro de 1936. Além de escritor, poeta e crítico, foi professor e atualmente assina uma coluna no Sabático, suplemento do jornal O Estado de S. Paulo. Especialista em literatura francesa, ele defendeu tese de doutorado sobre André Gide, na Universidade de Paris, Sorbonne. Foi professor nas universidades de New Mexico, Rutgers, Toronto, New York at Bufafalo e Indiana. No Brasil, lecionou na PUC do Rio de Janeiro e na Universidade Federal Fluminense, até se aposentar.
Ao completar 61 anos, a importância de Santiago na vida intelectual do país foi reconhecida em uma homenagem publicada conjuntamente por três editoras universitárias: Navegar é preciso, viver... Escritos para Silviano Santiago, uma coletânea de textos escritos pelos amigos e colegas. Seu livro mais recente é o romance Heranças (2008), em que  a burguesia é abordada com raro despudor por meio da história de um cafajeste da alta sociedade.
Mais sobre Salviano Santiago
Começou a escrever na Revista de Cinema, com um artigo sobre os musicais norte-americanos. Em 1955, ajudou a publicar a revistaComplemento, ocasião em que foi publicado seu primeiro conto: Os velhos. Em 1959, formou-se em Letras Neolatinas. Em 1960, lança seu primeiro livro, 4 poetas. Em 1985 publica suas traduções para os poemas de Jacques Prévert e dez anos depois, traduz Por que amo Barthes, de Alain Robbe-Grillet.

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