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Fernando Magno com a esposa Nicinha, a filha Christiane e o genro Arnaldo. (Foto: Tio Carlos Acei)

por Anna Paula Di Cicco
Ele é membro emérito da Academia Brasileira de Poesia, da Casa Raul de Leoni e da Academia Petropolitana de Educação. Além disso, titular da Academia Petropolitana de Letras e já integrou também a Academia Petropolitana de Ciências. Fernando Magno, aos 84 anos, publicou recentemente seu 9º livro e revela que tem mais um “no forno”, que deve surgir em meados de 2016.
De sua bibliografia, cinco publicações são de poesia: 'Retroreflexo', 'Epístola Fragmentada', 'Canto Entre Amarras', 'O Dia do Canto Imaginado' e 'América - Um Ver e Olhar'. Dos outros três, um surgiu entre correspondências trocadas com Carlos Drumond de Andrade, outro aborda a perda da visão, também publicou um livro de crônicas e poesias com sua filha, Christiane Michelin e no final de agosto lançou o mais recente “Musgo e Vento”.
Apesar de tantas obras publicadas, nem sempre Fernando trilhou os caminhos da literatura. Ele chegou a ingressar na faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, mas se formou em Química pela Universidade do ex-Distrito Federal. Em 1954, quando se mudou para Petrópolis, dava aulas e chegou a dirigir por cinco anos (1963 a 1968) o Instituto de Educação Presidente Kennedy. Lá participou ativamente da construção da nova sede da instituição que, após agregar mais dois colégios, se tornou o Cenip.
Foi exatamente nesta época que o mestre sofreu um acidente que acarretou na perda da visão e, consequentemente, em sua aposentadoria. A mudança de rotina fez com que outros dons viessem à tona. “Comecei dedilhando para ver se escrevia como antes. Eu tinha o costume de escrever crônicas e assim foram surgindo novas ideias. Um saudoso amigo leu e perguntou porque eu chamava de crônicas aquilo que para ele era poesia”, diz Fernando completando que foram os amigos que lhe apontaram seu estilo poético.
A partir de então ele se dedicou integralmente à literatura. “Todos os sábados nos reuníamos entre amigos, editores, família e líamos as crônicas e poesias”, conta apontando que esses saraus em casa motivaram Christiane a escrever também. “Minha filha se apaixonou por isso e também escreveu seus primeiros poemas nesta época, até de modo furtivo”, lembra orgulhoso.
A esposa Nicinha, com quem é casado há 54 anos, também é peça fundamental no processo de publicação dos livros. Segundo o escritor, é para a esposa que ele entrega as gravações de seus textos, ela digita e, juntos, começam a editar. Antes, Fernando escrevia em máquinas, mas então passou a preencher as fitas K7 com as ideias que iam surgindo, facilitando assim o processo de criação.
Mas todos esses anos de companheirismo com a esposa, no entanto, são apenas uma estrofe de um longo poema. Isso porque Fernando contou ao Petrópolis em Cena que, na verdade, eles se conheceram ainda crianças em Manaus, no Amazonas, onde nasceram. “Nosso futuro conjugal amoroso foi traçado por Deus quando ela nasceu. Faltava 14 dias para eu completar seis anos quando a mãe dela me pediu que eu desse umas aulas a ela”, conta esboçando um sorriso de declaração.
Hoje, com título de Cidadão Petropolitano e vastamente premiado por seu conjunto de obras, Fernando Magno, atribui aos seus chegados o sucesso de sua superação. “Tive a graça e a felicidade de contar com as orações e o apoio da família, especialmente minha mulher e meus amigos, que até esqueço que perdi a visão”, diz.
E para os novos escritores, que enfrentam hoje as dificuldades de conseguir um lugar para seus títulos nas prateleiras das livrarias, o mestre Magno deixa seu incentivo. “Sigam meu exemplo. Tentem. Escrevam. Felizmente tenho tido sucesso nos livros que publiquei e todos podem ter”, finaliza.








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