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                      Márcio Salerno é quadrinista, zineiro, ilustrador, artista plástico e escritor

por Anna Paula Di Cicco
Jornalista há mais de 20 anos, quadrinista, zineiro, ilustrador, artista plástico e escritor com mais de dez livros publicados. Este é Márcio Salerno, um dos grandes nomes da cultura petropolitana. Junto à sua companheira, a também artista plástica Miriam de Almeida, os trabalhos se entrelaçam. Ambos dividem não só a vida conjugal como também o amor pelos desenhos, formas, cores e texturas.
As exposições Crônicas I e Crônicas II, sediadas neste ano no Gypsy Multicultural e na Galeria Von Dijk – no Centro de Cultura Raul de Leoni -, foram o start para uma série de novos projetos do casal que exala arte. Márcio e Miriam dão agora prosseguimento à parceria e revelam que outras exposições estão pra sair do forno. “Além disso temos nosso zine, Onyrium, que já tem três números, com toques, ensaios, histórias em quadrinhos, ilustrações, poemas, enfim, muita coisa”, comenta Salerno.
O gosto de Márcio pelos quadrinhos começou ainda na década de 80, com o título Batman – The Dark Knight Returns, que chamou sua atenção, seguido do Monstro do Pântano, de Alan Moore. A partir de então, ele decidiu se aprofundar no assunto. “Fiz um curso na Graphis - Escola de desenho, em São Paulo. Lá cheguei a participar de quatro números do zine Vortex HQ e, quando percebi, já era zineiro, ainda no final dos anos 80, início de 90”.
De lá pra cá, muitas coisas se passaram, foram livros e mais zines publicados. Longos anos dedicados também ao jornalismo no Diário de Petrópolis e JP, de onde se desligou recentemente, se dedicando por completo agora às exposições e ilustrações.
Mas nem só de liberdade vive um artista. Em meio à crise, o que mais importa no momento, independente do setor, é a estabilidade. Sobre isso, a questão fica um pouco mais vulnerável, já que nem sempre a arte é reconhecida e valorizada.
Em uma ocasião, questionado sobre as ações que poderiam auxiliar os artistas locais, Salerno sugeriu algo como uma parceria com a Fundação de Cultura. “Por exemplo, uma revista, parecida com um zine, financiada pela Fundação, seria uma boa, pois daria oportunidade a artistas que não têm espaço para mostrar seus trabalhos. Outras cidades brasileiras já fizeram isso, ou ainda fazem. Entretanto, a compreensão entre artistas, dar as mãos em torno de um ideal, acho isso difícil aqui. Assim, vou fazendo meu lance sozinho mesmo”.
Apesar de muito conhecido na Cidade Imperial, poucos sabem que Márcio é também formado pelo curso de Tradutor/Intérprete da Faculdade Ibero-americana de Letras e Ciências Humanas de São Paulo e já traduziu livros em três línguas. “Traduzi para as editoras Vozes, Nova Cultural, Ediouro e Globo, do inglês, francês e espanhol, que são as línguas que traduzo”, finaliza mostrando e provando quantas vertentes uma só personalidade pode carregar.


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